Joaquim Eugênio de Lima, o criador da Avenida Paulista

 Radiografia da Notícia

Neste período o dinheiro era farto e o tamanho das casas revelava o poder financeiro do proprietário

Joaquim Eugênio de Lima nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 6 de setembro de 1845

Depois criou o próprio negócio na Ladeira do Piques (atual Largo da Memória), próximo da estação Anhangabaú do Metrô

                                                                   Luís Alberto Alves/Hourpress

A Joaquim Eugênio de Lima começa no bairro da Bela Vista

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Joaquim Eugênio de Lima é o nome de uma famosa Alameda que atravessa a Avenida Paulista, na altura do número 900, onde ocorre o término da Corrida Internacional de São Silvestre no dia 31 de dezembro de todo ano. Ela começa na Bela Vista, Centro, ao sair da Rua dos Ingleses, perto do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e termina na Rua Estados Unidos, Jardim Paulista.

Após passar pela Alameda Santos, a Joaquim Eugênio de Lima se tornar longa descida até chegar ao fim. Na década de 1920, quando a Prefeitura resolveu batizá-la com este nome, ela era repleta de casarões. Época de ouro dos barões do café. Neste período o dinheiro era farto e o tamanho das casas revelava o poder financeiro do proprietário.

Nos demais quarteirões, na longa descida até a Rua Estados Unidos, a Joaquim Eugênio de Lima é repleta de edifícios residenciais, a maioria de luxo, bares e restaurantes, a maioria de grife.  O trânsito caótico, que se forma entre a Rua São Carlos do Pinhal (paralela da Avenida Paulista) e a Alameda Santos, cede lugar à calmaria da região do Jardim Paulista.

Joaquim Eugênio de Lima nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 6 de setembro de 1845. Ainda jovem foi estudar agronomia na Alemanha. No retorno ao Brasil se tornou sócio de Francisco de Oliveira Marques num armazém no bairro da Luz , Centro. Depois criou o próprio negócio na Ladeira do Piques (atual Largo da Memória), próximo da estação Anhangabaú do Metrô.

 Veja Raio X de Sampa no Tik ToK: https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7199650770025958662


Alameda Santos, o local onde Celso Daniel jantou pela última vez

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A Alameda Santos é paralela à Avenida Paulista

 Radiografia da Notícia

O nome Alameda Santos é homenagem aos paulistas

Diversas ruas próximas à Paulista têm nomes de cidades do Estado de São Paulo

Foi neste estabelecimento comercial que em 18 de janeiro de 2002 o então prefeito petista de Santo André, Celso Daniel jantou pela última vez

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A Alameda Santos é uma paralela da Avenida Paulista. Ela Começa no bairro do Paraíso e termina na Consolação. Antiga, quando o agrônomo, que se tornou urbanista, Joaquim Eugênio de Lima, comprou diversas glebas de terras, onde hoje estão os bairros da Liberdade, Cambuci, parte da Vila Mariana, Bela Vista e Jardim Paulista, entre 1890 e 1891, para construir a Avenida Paulista.

O nome Alameda Santos é homenagem aos paulistas. Diversas ruas próximas à Paulista têm nomes de cidades do Estado de São Paulo. Mas a grande curiosidade desta Alameda, é que no quarteirão entre Leôncio de Carvalho e Rafael de Barros, existia tradicional churrascaria. Foi neste estabelecimento comercial que em 18 de janeiro de 2002 o então prefeito petista de Santo André, Celso Daniel jantou pela última vez. Assista ao clipe abaixo no Tik Tok e tenha mais detalhes.   https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7206327660451089669?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7208542111767234054

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Clélia, rua onde funcionou famosa casa de show na Lapa

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Radiografia da Notícia

Pelo palco do Olympia passaram diversos artistas famosos

Por ali se apresentaram grandes artistas internacionais, como Roberta Flack, na sua inauguração em julho de 1988

Ali, os meninos dos Mamonas Assassinas também se apresentaram em novembro de 1995

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A rua Clélia é muito famosa no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo, que começa no final da Avenida Francisco Matarazzo, ao lado da Rua Guaicurus. Repleta de estabelecimentos comerciais, na década de 1980, no terreno onde atualmente existe um supermercado, funcionava um hospital especializado no atendimento de pacientes com fraturas.

Já o número 93 tornou-se famoso, quando o Sesc/Pompeia ocupou o espaço que antes pertencia a uma indústria, se transformando em grande polo de lazer para os bairros vizinhos da Lapa, como Pompeia, Perdizes, Vila Romana, Barra Funda e Sumaré.  Nem os tormentos provocados pelos alagamentos constantes naquele local quando o Verão mostra a fúria das chuvas.

No trajeto rumo ao interior da Lapa, a Rua Clélia passa pela Praça Cornélia, construída num quarteirão, que serve de opção de lazer para as famílias residentes nas proximidades. Ainda resistente à especulação imobiliária é possível visualizar casas antigas dividindo espaço com edifícios de luxo, que aos poucos mudam a fisionomia de um bairro ainda com inúmeras residências.

Olympia

Mas foi no número 1517, que a Rua Clélia teve uma das mais famosas casas de espetáculos do Brasil. No local, onde funcionou de 1950 a 1988, o Cine Nacional, o espanhol Alejandro Figueroa montou sofisticado templo  de shows. Por ali se apresentaram grandes artistas internacionais, como Roberta Flack, na sua inauguração em julho de 1988. Depois vieram B. B. King, Carole King, Rod Stewart, David Bowie, Eric Clapton, Johnny Rivers, Deep Purple, Black Sabbath, Willie Nelson,  Whitney Houston, JamesTaylor. KC and The Sunshine Band entre outros.

Ali, os meninos dos Mamonas Assassinas também se apresentaram em novembro de 1995, assim como a maioria dos artistas de renome da música brasileira, até a dupla sertaneja Althair & Alexandre encerrar o ciclo de espetáculos, em 2006, que teve o seu auge durante a década de 1990. Hoje, onde existia o Olympia, funciona a igreja evangélica Bola de Neve, que abriu a sua sede no local.

Dali em diante, os quarteirões da Rua Clélia se dividem em estabelecimentos comerciais, edifícios e colégios particulares. Muitos moradores do bairro da Lapa desconhecem que ela começou a ser aberta em 1888, quando o engenheiro e empresário Italiano Luiz Bianchi Betholdi, em 1887, comprou grande gleba de terra, conhecida como Campos da Pedreira.

Roma

Para valorizar as suas raízes italianas, ele batizou o loteamento de Vila Romana e as suas ruas foram batizadas com nomes de personalidades famosas na época em que o Império Romano mandava em quase todo o mundo. É neste contexto que entra o nome Clélia, em latim Cloelia, uma conhecida heroína de Roma, durante a República.

Historiadores dizem que Clélia vivia em Roma em 509 a.C., quando o rei Tarquínio, após ser derrotado, pediu ajuda ao rei etrusco  Porsena. Ele o socorre, mas exige que os romanos lhe entregue cem mulheres virgens, entre elas Clélia. Feita prisioneira, ela não concordou com essa proposta. Junto com outros reféns fugiu e, segundo a lenda, teria atravessado a nado o rio Tibre em direção a sua cidade natal.

Indignado com a situação, o rei Porsena ameaçou Roma, para que Clélia fosse devolvida. De volta ao palácio dele, o monarca ofereceu todo o conforto a ela e lhe propôs casamento, como reconhecimento por sua coragem e amor ao seu país. Esse gesto culminou na libertação do restante de prisioneiros romanos. O governo Romano lhe prestou homenagem construído uma estátua equestre de bronze na Via Máxima. 

 Veja o link da história desta rua. https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7230832276530105606?q=raio%20x%20de%20sampa&t=1684800603388

Avenida Washington Luís, onde terminou o voo 3054 da TAM

                      Fotos: Luís Alberto Alves/Hourpress

Final da Washington Luís perto do Aeroporto de Congonhas

Radiografia da Notícia

O dia 17 de julho de 2007 ficou marcado na aviação brasileira como o maior desastre aéreo

O diálogo dramático entre piloto e co-piloto começou às 18:48:33.33

Neste trecho da Avenida Washington Luís foi construído um monumento de homenagem aos mortos nesta tragédia

Luís Alberto Alves/Hourpress

O final da Avenida Washington Luís, em Congonhas, Zona Sul de SP, marcou também o fim da vida de 199 pessoas, quando o Airbus da TAM não conseguiu aterrissar, saiu da pista e chocou-se contra um armazém desta empresa, matando 187 pessoas no interior da aeronave e 12 que estavam neste estabelecimento e próximo dele.

O dia 17 de julho de 2007 ficou marcado na aviação brasileira como o maior desastre aéreo. O voo 3054 saiu de Porto Alegre com destino a São Paulo. Mas às 18h48, os pilotos não conseguiram completar o processo de pouso. Em vez de parar, o avião continuou acelerando. Em desespero, a caixa preta registrou o seguinte diálogo entre os pilotos: “olhe isso, desacelera, eu não consigo, oh meu Deus, oh meu Deus, vira, vira....”

O diálogo dramático entre piloto e co-piloto começou às 18:48:33.33, quando perceberam que o avião não obedecia aos comandos técnicos. Às 18:48:35.9 o co-piloto respondia em desespero: “Não dá, não dá”. Às 18:48:42.7, o piloto complementa: “Oh meu Deus, Oh meu Deus”. O co-piloto grita: “vai, vai, vai, vira, vira, vira, vira”. Ele prossegue gritando às 18:48:44.6: “vira, vira para...não, vira, vira..” Às 18:48:45.5 é ouvido som de forte compressão na cabine e desaparece todo áudio.

Monumento aos mortos na tragédia do voo 3054 da TAM

Buraco quente

Neste trecho da Avenida Washington Luís foi construído um monumento de homenagem aos mortos nesta tragédia. Ali naquele local 199 pessoas morreram. Ao contrário de outras vias públicas, a Washington Luís termina no sentido Centro, quando maioria inicia o trecho em direção ao bairro. Ela começa na Avenida Vítor Manzini com Praça Dom Francisco de Sousa, em Santo Amaro.

Outro destaque desta avenida, é imóvel onde funcionou durante muitos anos a Vasp (Viação Aérea São Paulo) fundada em 1933 e falida em setembro de 2005. Durante décadas ela foi a segunda maior empresa aérea do Brasil.  No local funcionava a sede administrativa, serviços de manutenção, num terreno com aproximadamente 28.500 m²

Mais adiante do lado direito da Washington Luís estão três prédios construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) para abrigar 150 famílias removidas das favelas do Buraco Quente e Comando, que durante 50 anos estavam na região do Aeroporto de Congonhas, bairro de Campo Belo.

 Golpe

A demolição dos barracos e casas de tijolos foram atingidas pelas obras do Monotrilho, da linha 17 Ouro do Metrô, que seriam finalizadas em 2014, mas foram interrompidas e voltaram a funcionar em setembro de 2023. Antes destes prédios, também do lado direito no sentido bairro, está o atacadista Assaí, no imóvel que durante décadas foi ocupado pelo Jumbo Eletro, inaugurado em 1973, sendo o primeiro supermercado a vender eletrodomésticos. Antes, neste terreno estava um depósito do Mappin, que faliu em 1999.

Washington Luís foi governador de São Paulo, entre 1920 e 1924. Uma de suas marcas foi o incentivo ao transporte rodoviário no Estado. Advogado e historiador, ele ocupou o cargo de 13º presidente do Brasil, além de ter sido o terceiro prefeito de São Paulo. Porém, após 21 dias antes do término do seu mandato presidencial, acabou deposto pelo general Tasso Fragoso, que repassou o poder às forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, dando início à Revolução de 1930.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Raio X de Sampa

No link abaixo, o vídeo da história do trágico voo 3054 da TAM

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7268372354013744390

 



Saiba como nasceu o blogue Raio X de Sampa

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Avenida Paulista, a primeira a receber asfalto em SP

                                                                                Radiografia da Notícia

 * Percebi que era grande o número de internautas interessados em conhecer essas histórias

Sou jornalista, com 36 anos de experiência nesta área de comunicação

No Tik Tok publico vídeos nos locais onde vou descrever as curiosidades

Luís Alberto Alves/Hourpress

Este blog nasceu da coluna Raio X de Sampa que durante muito tempo escrevi no blogue Hourpress. A proposta é contar a história que se esconde por de trás de cada rua, avenida, praça e largo existentes na cidade de São Paulo.

Quais são os personagens? Ocupavam cargos públicos? Qual a importância delas na época em   que ainda não tinha se tornando nome desses locais, visto que é proibido por Lei denominar qualquer espaço público, com nomes de pessoas que estejam vivas.

Percebi que era grande o número de internautas interessados em conhecer essas histórias, que na maioria das vezes é ignorada pela população. Mas alerto que você irá se surpreender com as informações que sempre colocarei nos textos que passo a publicar a partir de hoje.

Sou jornalista, com 36 anos de experiência nesta área de comunicação. Quando estava como editor-chefe no jornal Metrô News (2008/2010), que durante mais de 40 anos foi distribuído em todas as estações do Metrô de SP, escrevia uma coluna destacando a história dos personagens que batizam ruas, avenidas, praças ou largos na capital paulista.

 Senador

No Tik Tok publico vídeos nos locais onde vou descrever as curiosidades que a placa não revela. Por exemplo: você sabia que a Rua Dona Veridiana, no bairro de Santa Cecília, Centro, é homenagem à primeira mulher, na época do Brasil Império, que teve um telefone no Brasil?

Você sabia que a primeira via pública asfaltada em São Paulo foi a Avenida Paulista, em 1913? Você sabia que o Brigadeiro Luís Antônio era o avô da Angélica, que também é nome de uma famosa avenida na cidade e que ela se casou com o filho do senador Vergueiro (que também é nome de rua em Sampa)?

O material é tão farto que em breve irei publicar um livro a respeito deste assunto para mostrar a você internauta, que a nossa cidade reserva muitas boas surpresas com pessoas que fizeram a diferença na época em que estiveram por aqui contribuindo para o progresso deste País. Leia e divulgue. Acesse o meu material no Tik Tok e repasse esse material.

#Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Raio X  de Sampa.

No link abaixo você terá acesso a um dos vídeos que fiz na Avenida Paulista

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7276114965210156293