Luís Alberto Alves/Hourpress
Radiografia da Notícia
* Ela é famosa por ligar a Zona Leste com o Centro da cidade
* Este nome faz referência à maneira como essa obra foi pensada para ser um raio dentro de uma circunferência
* No sentido Centro/Bairro, ela começa na altura da Rua da Figueira e chega à região da Zona Leste
Luís Alberto Alves/Hourpress
Algumas
avenidas tradicionais na capital paulista são conhecidas pela população por
outros nomes. É o caso da Alcântara Machado, que parte dos paulistanos
residentes na Zona Leste chamam de Radial Leste. Este nome faz referência à
maneira como essa obra foi pensada para ser um raio dentro de uma
circunferência, uma reta partindo do Centro da cidade no interior de um círculo
formado pelo conjunto de avenidas e ruas da região central da cidade.
Ela é famosa por servir de ligação entre Zona Leste
e o Centro. Nas manhãs são comuns extensos congestionamentos, dificultando a
chegada de milhares de pessoas ao trabalho. A Radial Leste cruza todo o eixo
leste da capital paulista em direção à região central. No sentido
Centro/Bairro, ela começa na altura da Rua da Figueira e chega à região da Zona
Leste, onde moram cerca de 4,5 milhões de habitantes. No horário de tráfego intenso,
ela recebe 2,7 veículos por segundo, sendo considerada a rota mais importante
pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
O
grosso do trânsito da Radial Leste vem do elevado do Glicério, que serve de
extensão da avenida que é o prolongamento do Viaduto João Goulart, popularmente
conhecido como Minhocão. Ela serve de conexão com a região Leste com a Oeste da
capital paulista, além de ser paralela com a Linha Vermelha do Metrô.
Prestes
Maia
O
projeto de construção desta importante avenida foi apresentado em 1945 pelo
então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, considerado um político visionário,
por causa dos seus projetos futuristas em termos de mobilidade. Foi dele o projeto
de fazer diversas linhas do Metrô interligando várias regiões da capital
paulista, como ocorre atualmente neste século 21.
A
futura Radial Leste, que só sairia do papel
em 1957, era opção para solucionar o problema de congestionamento
provocado pelo grande número de automóveis, linhas de bondes e ônibus nessa
região de São Paulo. A Radial aliviaria o trânsito e serviria de novo roteiro
aos motoristas, visto que grande parte das áreas utilizadas para a sua
construção estavam na faixa patrimonial da Estrada de Ferro Central do Brasil.
O
primeiro trecho da Radial Leste, localizado entre Parque Dom Pedro II e a
região do Brás se tornou realidade no início do segundo semestre de 1957, com a
inauguração do viaduto sobre os trilhos da Estrada de Ferro Santos/Jundiaí. Em
1966, prosseguiu o trecho do bairro da Mooca ao Tatuapé, ambos na Zona Leste de
São Paulo, na gestão do prefeito Faria Lima. Essa extensão ocorreu da Praça
Presidente Kennedy (altura da Rua dos Trilhos) e Rua Bresser e o viaduto
Alcântara Machado.
Tráfego
No
começo da década de 1970 foram inaugurados os viadutos Bresser, Guadalajara e
Conselheiro Carrão, eliminando as passagens de nível das ruas Bresser e
Belarmino Matos. Nesta fase, a Radial Leste já chegava próximo dos bairros de
Vila Carrão, Vila Matilde, Arthur Alvim e Itaquera, todos na Zona Leste. De
1978 em diante essa avenida prosseguiu crescendo em obras paralelas à expansão
do Metrô, que construía a futura Linha Vermelha.
No
trecho em que atravessa a Praça Presidente Kennedy, na Mooca, próximo ao final
do viaduto sobre a Estrada de Ferro Santos/Jundiaí, na década de 1980
funcionava uma das fábricas das Alpargatas, que produziam as famosas sandálias
Havaianas. Hoje, neste local, existe uma faculdade e um teatro.
Do lado
direito, a Alcântara Machado cede espaço para a Rua dos Trilhos e na Rua Almeida
Lima, uma de suas travessas, durante vários anos funcionou a redação do jornal
de economia DCI, que serviu de escola para inúmeros profissionais de imprensa
que alçaram altos voos a partir dos primeiros passos naquela empresa.
Veja vídeo sobre no Tik Tok:
https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7280556449359547654
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