Avenida Brigadeiro Luís Antonio, o sogro da Maria Paula

 


Radiografia da Notícia

* Os seus 3 km de subida é o terror dos atletas que disputam a São Silvestre

Neste local diversas personalidades sentaram nos seus bancos, para alguns anos depois se tornarem renomados juristas

O Cine Paramount notabilizou-se  na década de 1960 por transmitir dali o Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record

Luís Alberto Alves/Hourpress

A Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, é outra famosa avenida em São Paulo, entre inúmeras existentes nesta metrópole com mais de 12 milhões de habitantes. Ela começa na esquina da Rua Riachuelo, ao lado da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Centro.

 Neste local diversas personalidades sentaram nos seus bancos, para alguns anos depois se tornarem renomados juristas. E termina próximo da Avenida São Gabriel, Jardim Europa divisa com Itaim Bibi. A Brigadeiro Luiz Antonio reserva muita história no seu trajeto. 

Logo no segundo quarteirão, após cruzamento da Rua Maria Paula (nora de Luis Antônio de Souza Queiroz), existe o belo Cine Theatro Paramount, inaugurado em 1929 com o filme The Patriot Brasil. O primeiro filme exibido com som na América Latina. Com 5.500 metros² tem capacidade para 1.530 espectadores com ampla visibilidade.

Festival

O Cine Paramount notabilizou-se  na década de 1960 por transmitir dali o Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, em que Edu Lobo e Marília Medalha venceram em 1967, com o hit “Ponteio”. O Paramount foi palco da ira do cantor Sérgio Ricardo ao quebrar o seu violão e aos gritos arremessar à plateia por não conseguir cantar a sua canção “Beto bom de bola”.

No terceiro quarteirão até agosto de 2022 funcionou desde 1959 o hospital Pérola Byington, centro de referência em saúde da mulher na América Latina. Só no ano de 2021 foram registrado neste hospital 3.033 mulheres vítimas de violência sexual na cidade de São Paulo. Já até maio de 2022 este número já chegava a 1.458.  Agora, ele mudou-se para o bairro de Campos Elíseos, próximo da Praça Princesa Isabel.

A Avenida Brigadeiro Luiz Antonio ficou na memória de atletas que disputam a internacional corrida de São Silvestre, disputada sempre no dia 31 de dezembro. O início do pesadelo começa na esquina da Rua Maria Paula, onde os corredores enfrentarão pouco mais de 3 quilômetros de subida até a entrada na Avenida Paulista onde chegarão ao fim diante do prédio da Fundação Casper Líbero, organizadora deste evento.

Elis Regina

Mais acima no quinto quarteirão, esquina com a Rua Pedroso, durante muitos anos funcionou o Teatro Brigadeiro, onde a Rede Bandeirantes de Televisão, hoje conhecida pelo pomposo nome Band, fazia os seus programas de auditórios, entre eles o eletrizante Cassino do Chacrinha. Ali, em 20 de janeiro de 1982, ocorreu o velório da cantora Elis Regina, atraindo milhares de fãs e provocando imenso congestionamento  na região.

Após o viaduto 13 de Maio, no segundo quarteirão à direita tem o imenso prédio onde funcionou uma das estações da Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações), privatizada na gestão Fernando Henrique Cardoso. Do lado direito tem outro edifício que sediou durante muito tempo os escritórios da então Eletropaulo, hoje batizada de Enel.

Perto da esquina com a Rua São Carlos do Pinhal, tem o atual supermercado Pão de Açúcar, que até a década de1980 era ocupado pelo Jumbo Brigadeiro. Hoje, no local onde funciona o posto de gasolina, nos de 1980 era ocupado pelo restaurante Well´s, marca que pertencia ao grupo Pão de Açúcar.

Paulista

No início da longa ladeira da Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, após atravessar a Paulista, no primeiro quarteirão à direita durante vários anos funcionou, num amplo salão o Cartola Club. Ali diversas orquestras se apresentavam e muitos namoros terminaram em casamento, com trilha sonora das canções ouvidas e dançadas naquele local. Hoje, o Cartola Club não existe mais. O espaço é ocupado por uma empresa do ramo de saúde.

Inúmeros casarões que existiam nesta avenida até a década final da década de 1970 foram demolidas e no seu lugar surgiram edifícios. O único trecho que ainda resiste ao ataque das construtoras está entre os cruzamentos da Rua Estados Unidos até o seu final na esquina da São Gabriel, na divisa do Jardim Europa com Itaim Bibi. Veja no link mais informações sobre essa tradicional avenida de Sampa: https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7195539950748568837

Rua Rui Barbosa, local onde Fausto Silva decolou para o sucesso

 Luís Alberto Alves/Hourpress


Radiografia da Notícia

* Esta rua reúne muita história no seu curto trajeto

No seu terceiro quarteirão, do lado direito, durante tem salão de música para os amantes da Black Music

O local já foi cinema (Cine Rex), teatro, discoteca, concessionária de carros e igreja evangélica

Luís Alberto Alves/Hourpress

A Rua Rui Barbosa, no bairro da Bela Vista, Centro, é outro ícone da cidade de São Paulo, com quatro quarteirões, ela termina na Praça Dom Orione, próximo do Viaduto 13 de Maio, rebatizado de Armadinho do Bixiga.  Recheada de cantinas, restaurantes, teatro. A Rui Barbosa reúne muita história neste curto trajeto.

No seu terceiro quarteirão, do lado direito, durante tem salão de música para os amantes da Black Music. Os preços populares atraem a galera de várias regiões de São Paulo, nos finais de semana. Porém, é na esquina com a Conselheiro Carrão, no último quarteirão, que a Rui Barbosa reserva surpresa.

O estabelecimento de paredes na cor azul, construído em 1940, adquirido por uma empresa do ramo da saúde, é testemunha das reviravoltas que São Paulo sofreu nestes 83 anos. O local já foi cinema (Cine Rex), teatro, discoteca, concessionária de carros e igreja evangélica. Desde 2002 está tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).

Faustão

Foi ali, a partir de 1984, que o então repórter de futebol Fausto Silva, começou a decolar rumo ao sucesso em programa de auditório. O laboratório teve início no comando do Balancê, programa do meio-dia na então rádio Excelsior (atual CBN) que misturava esporte, cultura e político, aproveitando a brecha da ditadura militar de 1964 que agonizava e chegaria ao fim em 1985, com a eleição do presidente Tancredo Neves.

Pouco tempo depois, Fausto Silva criou o programa Perdidos na Noite. Este nome é referência à tradução  em português do filme norte-americano “Midnight Cowboy”, com Dustin Hoffman e Jon Voight. O deboche era marca registrada. No dia de gravação, estudantes dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior fazia a festa ao assistir a apresentação de vários artistas e das piadas de humor da dupla Nelson Tatá Alexandre e Carlos Roberto Escova.

O hoje abandonado teatro Záccaro, foi cinema até início dos anos de 1970, depois virou pista de patinação, teatro, com direito a montagens de musicais, como Hair e Jesus Cristo Superstar, discoteca que imitava o estilo da boate Studio 54, em Nova York. Teve também espaço para concessionária de automóveis e igreja evangélica. Com a morte do maestro Záccaro em 2003, que alugou o teatro de 1981 a 1999, a decadência adotou o imóvel.

Águia de Haia

Neste último quarteirão da Rui Barbosa, do lado direito, em meados da década de 1980, teve espaço para a Choperia Só prá Contrariar, onde naquela época se apresentavam diversas bandas de pagode, criando o movimento que ficou conhecido como Pagode Paulista. O movimento musical era tão intenso no local, que a casa lançou coletâneas de discos, na época de vinil em vários volumes. No segundo quarteirão do lado esquerdo tem o Teatro Sérgio Cardoso.

Rui Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador (BA) em 1849 e faleceu no Rio de Janeiro em 1923. Escritor, jornalista, orador e político. Durante a República, ocupou o cargo de vice-presidente e ministro da Fazenda. Escreveu a primeira constituição republicana em 1891. Ao tomar parte na Revolta da Armada em 1893, teve de exilar-se na Europa. Também foi candidato à presidência da República em 1910 e 1919.

Foi senador pela Bahia e vice-presidente do Senado entre 1906 e 1909. Representou o Brasil na Segunda Conferência de Paz, em Haia (Holanda) em 1907. Ali ganhou o codinome de Águia de Haia, por causa de sua oratória. Participou da votação do Código Civil projetado por Clóvis Beviláqua. Participou da fundação da Academia Brasileira de Letras.

Assista no link a história da Rua Rui Barbosa: https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7200050543182597381


Rua Tomás Carvalhal, conhecida como endereço do terror

Na esquina da Tutoia com Tomaz Carvalhal funcionou na década de 1970 o DOI/Codi, hoje 36 DP
    

 Radiografia da Notícia

Infelizmente esse cenário era outro do final da década de 1960 até 1979

Moradores mais antigos relatam que eram comum ouvir gritos durante o dia e de noite

Das inúmeras casas das décadas de 1960 e 1970, hoje elas cederam lugar aos edifícios, a maioria de luxo

Luís Alberto Alves/Hourpress

A Rua Tomás Carvalhal começa na Bernardino de Campos, ao lado da Estação Paraíso do Metrô, e termina na Rua Tutoia, no bairro do Paraíso, Zona Sul de São Paulo. Com poucos estabelecimentos comerciais, é tomada por inúmeros edifícios, muitos deles de luxo, ela é uma rua calma.

Infelizmente esse cenário era outro do final da década de 1960 até 1979. Neste período, o número 1030 da Tomás Carvalhal ficou conhecido como Casa da Morte ou do Terror. Ali funcionava o DOI/Codi (Destacamento de Operações de Informação/Centro de Operações de Defesa Interna).

Subordinado ao Exército, e criado pelo general Siseno Ramos Sarmento, tinha como pauta a Doutrina da Segurança Nacional, formulada pelo National War College dos Estados Unidos. Opositores ao Regime Militar de 1964 sofriam torturas, e milhares perderam as suas vidas para confessar o que não sabiam.

Herzog

O DOI/Codi-SP, que pega parte do quarteirão da Tomás Carvalhal e Rua Tutoia, onde hoje funciona o  36º DP (Paraíso), estava nas mãos do coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra. Nesta Casa da Morte, foram assassinados sob tortura o jornalista Vladimir Herzog, em 1975; o metalúrgico Manoel Fiel Filho, em 1976, o estudante universitário Alexandre Vannuchi Leme, em 1973; e o jornalista Luiz Eduardo Merlino, em 1971.

Na época de militância política no grupo de guerrilha VAR-Palmares, em 1969, Dilma Rousseff passou pelo DOI/Codi, e o coronel Brilhante Ulstra comandou durante 22 dias seguidos as torturas para que ela confessasse nomes de mais envolvidos neste grupo de extrema-esquerda. Calcula-se que dos mais de 6.700 opositores que passaram por ali, 50  acabaram assassinados.

Moradores mais antigos relatam que eram comum ouvir gritos durante o dia e de noite. As paredes do pequeno prédio, dividido entre térreo e primeiro andar, não tinham revestimento acústico. Quando alguém tentavam intervir, logo sofria ameaças dos policiais que prestavam o serviço sujo no DOI/Codi. Até advogados tinham receio de irem aquele lugar para tentar localizar presos.

Nuvens

Retirando essa mancha, a Rua Tomás Carvalhal é calma. Tem fácil acesso à Avenida 23 de Maio, ao Parque Ibirapuera, à Avenida Brasil, Rua Estados Unidos. O trânsito consiste apenas, na maioria das vezes, em carros de pequeno porte. Poucos caminhões passam por ali.

Não há bares ou casas de espetáculos por ali, geralmente responsáveis por barulho, principalmente nas sextas-feiras e final de semana. É bom local para morar. Das inúmeras casas das décadas de 1960 e 1970, hoje elas cederam lugar aos edifícios, a maioria de luxo, e com o preço nas nuvens.

João Tomás Carvalhal nasceu na Bahia. Foi médico do Exército durante muitos anos, inclusive participando da Guerra da Paraguai, para socorrer soldados feridos nos campos de batalha. Após o término do conflito, representou a Província (Estado) de São Paulo como deputado na Constituinte Republicana, entre 1890/91.

Veja o clipe da Rua Tomás Carvalhal no Tik Tok: https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7191826074240683270


Avenida Alcântara Machado, conhecida como Radial Leste

                        Luís Alberto Alves/Hourpress


Radiografia da Notícia

* Ela é famosa por ligar a Zona Leste com o Centro da cidade

* Este nome faz referência à maneira como essa obra foi pensada para ser um raio dentro de uma circunferência

* No sentido Centro/Bairro, ela começa na altura da Rua da Figueira e chega à região da Zona Leste

Luís Alberto Alves/Hourpress

Algumas avenidas tradicionais na capital paulista são conhecidas pela população por outros nomes. É o caso da Alcântara Machado, que parte dos paulistanos residentes na Zona Leste chamam de Radial Leste. Este nome faz referência à maneira como essa obra foi pensada para ser um raio dentro de uma circunferência, uma reta partindo do Centro da cidade no interior de um círculo formado pelo conjunto de avenidas e ruas da região central da cidade.

 Ela é famosa por servir de ligação entre Zona Leste e o Centro. Nas manhãs são comuns extensos congestionamentos, dificultando a chegada de milhares de pessoas ao trabalho. A Radial Leste cruza todo o eixo leste da capital paulista em direção à região central. No sentido Centro/Bairro, ela começa na altura da Rua da Figueira e chega à região da Zona Leste, onde moram cerca de 4,5 milhões de habitantes. No horário de tráfego intenso, ela recebe 2,7 veículos por segundo, sendo considerada a rota mais importante pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O grosso do trânsito da Radial Leste vem do elevado do Glicério, que serve de extensão da avenida que é o prolongamento do Viaduto João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão. Ela serve de conexão com a região Leste com a Oeste da capital paulista, além de ser paralela com a Linha Vermelha do Metrô.

Prestes Maia

O projeto de construção desta importante avenida foi apresentado em 1945 pelo então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, considerado um político visionário, por causa dos seus projetos futuristas em termos de mobilidade. Foi dele o projeto de fazer diversas linhas do Metrô interligando várias regiões da capital paulista, como ocorre atualmente neste século 21.

A futura Radial Leste, que só sairia do papel  em 1957, era opção para solucionar o problema de congestionamento provocado pelo grande número de automóveis, linhas de bondes e ônibus nessa região de São Paulo. A Radial aliviaria o trânsito e serviria de novo roteiro aos motoristas, visto que grande parte das áreas utilizadas para a sua construção estavam na faixa patrimonial da Estrada de Ferro Central do Brasil.

O primeiro trecho da Radial Leste, localizado entre Parque Dom Pedro II e a região do Brás se tornou realidade no início do segundo semestre de 1957, com a inauguração do viaduto sobre os trilhos da Estrada de Ferro Santos/Jundiaí. Em 1966, prosseguiu o trecho do bairro da Mooca ao Tatuapé, ambos na Zona Leste de São Paulo, na gestão do prefeito Faria Lima. Essa extensão ocorreu da Praça Presidente Kennedy (altura da Rua dos Trilhos) e Rua Bresser e o viaduto Alcântara Machado.

Tráfego

No começo da década de 1970 foram inaugurados os viadutos Bresser, Guadalajara e Conselheiro Carrão, eliminando as passagens de nível das ruas Bresser e Belarmino Matos. Nesta fase, a Radial Leste já chegava próximo dos bairros de Vila Carrão, Vila Matilde, Arthur Alvim e Itaquera, todos na Zona Leste. De 1978 em diante essa avenida prosseguiu crescendo em obras paralelas à expansão do Metrô, que construía a futura Linha Vermelha.

No trecho em que atravessa a Praça Presidente Kennedy, na Mooca, próximo ao final do viaduto sobre a Estrada de Ferro Santos/Jundiaí, na década de 1980 funcionava uma das fábricas das Alpargatas, que produziam as famosas sandálias Havaianas. Hoje, neste local, existe uma faculdade e um teatro.

Do lado direito, a Alcântara Machado cede espaço para a Rua dos Trilhos e na Rua Almeida Lima, uma de suas travessas, durante vários anos funcionou a redação do jornal de economia DCI, que serviu de escola para inúmeros profissionais de imprensa que alçaram altos voos a partir dos primeiros passos naquela empresa.

Veja vídeo sobre no Tik Tok: 

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7280556449359547654


Joaquim Eugênio de Lima, o criador da Avenida Paulista

 Radiografia da Notícia

Neste período o dinheiro era farto e o tamanho das casas revelava o poder financeiro do proprietário

Joaquim Eugênio de Lima nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 6 de setembro de 1845

Depois criou o próprio negócio na Ladeira do Piques (atual Largo da Memória), próximo da estação Anhangabaú do Metrô

                                                                   Luís Alberto Alves/Hourpress

A Joaquim Eugênio de Lima começa no bairro da Bela Vista

Luís Alberto Alves/Hourpress

Joaquim Eugênio de Lima é o nome de uma famosa Alameda que atravessa a Avenida Paulista, na altura do número 900, onde ocorre o término da Corrida Internacional de São Silvestre no dia 31 de dezembro de todo ano. Ela começa na Bela Vista, Centro, ao sair da Rua dos Ingleses, perto do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e termina na Rua Estados Unidos, Jardim Paulista.

Após passar pela Alameda Santos, a Joaquim Eugênio de Lima se tornar longa descida até chegar ao fim. Na década de 1920, quando a Prefeitura resolveu batizá-la com este nome, ela era repleta de casarões. Época de ouro dos barões do café. Neste período o dinheiro era farto e o tamanho das casas revelava o poder financeiro do proprietário.

Nos demais quarteirões, na longa descida até a Rua Estados Unidos, a Joaquim Eugênio de Lima é repleta de edifícios residenciais, a maioria de luxo, bares e restaurantes, a maioria de grife.  O trânsito caótico, que se forma entre a Rua São Carlos do Pinhal (paralela da Avenida Paulista) e a Alameda Santos, cede lugar à calmaria da região do Jardim Paulista.

Joaquim Eugênio de Lima nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 6 de setembro de 1845. Ainda jovem foi estudar agronomia na Alemanha. No retorno ao Brasil se tornou sócio de Francisco de Oliveira Marques num armazém no bairro da Luz , Centro. Depois criou o próprio negócio na Ladeira do Piques (atual Largo da Memória), próximo da estação Anhangabaú do Metrô.

 Veja Raio X de Sampa no Tik ToK: https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7199650770025958662


Alameda Santos, o local onde Celso Daniel jantou pela última vez

Luís Alberto Alves/Hourpress
A Alameda Santos é paralela à Avenida Paulista

 Radiografia da Notícia

O nome Alameda Santos é homenagem aos paulistas

Diversas ruas próximas à Paulista têm nomes de cidades do Estado de São Paulo

Foi neste estabelecimento comercial que em 18 de janeiro de 2002 o então prefeito petista de Santo André, Celso Daniel jantou pela última vez

Luís Alberto Alves/Hourpress

A Alameda Santos é uma paralela da Avenida Paulista. Ela Começa no bairro do Paraíso e termina na Consolação. Antiga, quando o agrônomo, que se tornou urbanista, Joaquim Eugênio de Lima, comprou diversas glebas de terras, onde hoje estão os bairros da Liberdade, Cambuci, parte da Vila Mariana, Bela Vista e Jardim Paulista, entre 1890 e 1891, para construir a Avenida Paulista.

O nome Alameda Santos é homenagem aos paulistas. Diversas ruas próximas à Paulista têm nomes de cidades do Estado de São Paulo. Mas a grande curiosidade desta Alameda, é que no quarteirão entre Leôncio de Carvalho e Rafael de Barros, existia tradicional churrascaria. Foi neste estabelecimento comercial que em 18 de janeiro de 2002 o então prefeito petista de Santo André, Celso Daniel jantou pela última vez. Assista ao clipe abaixo no Tik Tok e tenha mais detalhes.   https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7206327660451089669?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7208542111767234054

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7206327660451089669?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7208542111767234054

Clélia, rua onde funcionou famosa casa de show na Lapa

     Luís Alberto Alves/Hourpress

Radiografia da Notícia

Pelo palco do Olympia passaram diversos artistas famosos

Por ali se apresentaram grandes artistas internacionais, como Roberta Flack, na sua inauguração em julho de 1988

Ali, os meninos dos Mamonas Assassinas também se apresentaram em novembro de 1995

Luís Alberto Alves/Hourpress

A rua Clélia é muito famosa no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo, que começa no final da Avenida Francisco Matarazzo, ao lado da Rua Guaicurus. Repleta de estabelecimentos comerciais, na década de 1980, no terreno onde atualmente existe um supermercado, funcionava um hospital especializado no atendimento de pacientes com fraturas.

Já o número 93 tornou-se famoso, quando o Sesc/Pompeia ocupou o espaço que antes pertencia a uma indústria, se transformando em grande polo de lazer para os bairros vizinhos da Lapa, como Pompeia, Perdizes, Vila Romana, Barra Funda e Sumaré.  Nem os tormentos provocados pelos alagamentos constantes naquele local quando o Verão mostra a fúria das chuvas.

No trajeto rumo ao interior da Lapa, a Rua Clélia passa pela Praça Cornélia, construída num quarteirão, que serve de opção de lazer para as famílias residentes nas proximidades. Ainda resistente à especulação imobiliária é possível visualizar casas antigas dividindo espaço com edifícios de luxo, que aos poucos mudam a fisionomia de um bairro ainda com inúmeras residências.

Olympia

Mas foi no número 1517, que a Rua Clélia teve uma das mais famosas casas de espetáculos do Brasil. No local, onde funcionou de 1950 a 1988, o Cine Nacional, o espanhol Alejandro Figueroa montou sofisticado templo  de shows. Por ali se apresentaram grandes artistas internacionais, como Roberta Flack, na sua inauguração em julho de 1988. Depois vieram B. B. King, Carole King, Rod Stewart, David Bowie, Eric Clapton, Johnny Rivers, Deep Purple, Black Sabbath, Willie Nelson,  Whitney Houston, JamesTaylor. KC and The Sunshine Band entre outros.

Ali, os meninos dos Mamonas Assassinas também se apresentaram em novembro de 1995, assim como a maioria dos artistas de renome da música brasileira, até a dupla sertaneja Althair & Alexandre encerrar o ciclo de espetáculos, em 2006, que teve o seu auge durante a década de 1990. Hoje, onde existia o Olympia, funciona a igreja evangélica Bola de Neve, que abriu a sua sede no local.

Dali em diante, os quarteirões da Rua Clélia se dividem em estabelecimentos comerciais, edifícios e colégios particulares. Muitos moradores do bairro da Lapa desconhecem que ela começou a ser aberta em 1888, quando o engenheiro e empresário Italiano Luiz Bianchi Betholdi, em 1887, comprou grande gleba de terra, conhecida como Campos da Pedreira.

Roma

Para valorizar as suas raízes italianas, ele batizou o loteamento de Vila Romana e as suas ruas foram batizadas com nomes de personalidades famosas na época em que o Império Romano mandava em quase todo o mundo. É neste contexto que entra o nome Clélia, em latim Cloelia, uma conhecida heroína de Roma, durante a República.

Historiadores dizem que Clélia vivia em Roma em 509 a.C., quando o rei Tarquínio, após ser derrotado, pediu ajuda ao rei etrusco  Porsena. Ele o socorre, mas exige que os romanos lhe entregue cem mulheres virgens, entre elas Clélia. Feita prisioneira, ela não concordou com essa proposta. Junto com outros reféns fugiu e, segundo a lenda, teria atravessado a nado o rio Tibre em direção a sua cidade natal.

Indignado com a situação, o rei Porsena ameaçou Roma, para que Clélia fosse devolvida. De volta ao palácio dele, o monarca ofereceu todo o conforto a ela e lhe propôs casamento, como reconhecimento por sua coragem e amor ao seu país. Esse gesto culminou na libertação do restante de prisioneiros romanos. O governo Romano lhe prestou homenagem construído uma estátua equestre de bronze na Via Máxima. 

 Veja o link da história desta rua. https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7230832276530105606?q=raio%20x%20de%20sampa&t=1684800603388

Avenida Washington Luís, onde terminou o voo 3054 da TAM

                      Fotos: Luís Alberto Alves/Hourpress

Final da Washington Luís perto do Aeroporto de Congonhas

Radiografia da Notícia

O dia 17 de julho de 2007 ficou marcado na aviação brasileira como o maior desastre aéreo

O diálogo dramático entre piloto e co-piloto começou às 18:48:33.33

Neste trecho da Avenida Washington Luís foi construído um monumento de homenagem aos mortos nesta tragédia

Luís Alberto Alves/Hourpress

O final da Avenida Washington Luís, em Congonhas, Zona Sul de SP, marcou também o fim da vida de 199 pessoas, quando o Airbus da TAM não conseguiu aterrissar, saiu da pista e chocou-se contra um armazém desta empresa, matando 187 pessoas no interior da aeronave e 12 que estavam neste estabelecimento e próximo dele.

O dia 17 de julho de 2007 ficou marcado na aviação brasileira como o maior desastre aéreo. O voo 3054 saiu de Porto Alegre com destino a São Paulo. Mas às 18h48, os pilotos não conseguiram completar o processo de pouso. Em vez de parar, o avião continuou acelerando. Em desespero, a caixa preta registrou o seguinte diálogo entre os pilotos: “olhe isso, desacelera, eu não consigo, oh meu Deus, oh meu Deus, vira, vira....”

O diálogo dramático entre piloto e co-piloto começou às 18:48:33.33, quando perceberam que o avião não obedecia aos comandos técnicos. Às 18:48:35.9 o co-piloto respondia em desespero: “Não dá, não dá”. Às 18:48:42.7, o piloto complementa: “Oh meu Deus, Oh meu Deus”. O co-piloto grita: “vai, vai, vai, vira, vira, vira, vira”. Ele prossegue gritando às 18:48:44.6: “vira, vira para...não, vira, vira..” Às 18:48:45.5 é ouvido som de forte compressão na cabine e desaparece todo áudio.

Monumento aos mortos na tragédia do voo 3054 da TAM

Buraco quente

Neste trecho da Avenida Washington Luís foi construído um monumento de homenagem aos mortos nesta tragédia. Ali naquele local 199 pessoas morreram. Ao contrário de outras vias públicas, a Washington Luís termina no sentido Centro, quando maioria inicia o trecho em direção ao bairro. Ela começa na Avenida Vítor Manzini com Praça Dom Francisco de Sousa, em Santo Amaro.

Outro destaque desta avenida, é imóvel onde funcionou durante muitos anos a Vasp (Viação Aérea São Paulo) fundada em 1933 e falida em setembro de 2005. Durante décadas ela foi a segunda maior empresa aérea do Brasil.  No local funcionava a sede administrativa, serviços de manutenção, num terreno com aproximadamente 28.500 m²

Mais adiante do lado direito da Washington Luís estão três prédios construídos pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) para abrigar 150 famílias removidas das favelas do Buraco Quente e Comando, que durante 50 anos estavam na região do Aeroporto de Congonhas, bairro de Campo Belo.

 Golpe

A demolição dos barracos e casas de tijolos foram atingidas pelas obras do Monotrilho, da linha 17 Ouro do Metrô, que seriam finalizadas em 2014, mas foram interrompidas e voltaram a funcionar em setembro de 2023. Antes destes prédios, também do lado direito no sentido bairro, está o atacadista Assaí, no imóvel que durante décadas foi ocupado pelo Jumbo Eletro, inaugurado em 1973, sendo o primeiro supermercado a vender eletrodomésticos. Antes, neste terreno estava um depósito do Mappin, que faliu em 1999.

Washington Luís foi governador de São Paulo, entre 1920 e 1924. Uma de suas marcas foi o incentivo ao transporte rodoviário no Estado. Advogado e historiador, ele ocupou o cargo de 13º presidente do Brasil, além de ter sido o terceiro prefeito de São Paulo. Porém, após 21 dias antes do término do seu mandato presidencial, acabou deposto pelo general Tasso Fragoso, que repassou o poder às forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, dando início à Revolução de 1930.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Raio X de Sampa

No link abaixo, o vídeo da história do trágico voo 3054 da TAM

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7268372354013744390

 



Saiba como nasceu o blogue Raio X de Sampa

Luís Alberto Alves/Hourpress

Avenida Paulista, a primeira a receber asfalto em SP

                                                                                Radiografia da Notícia

 * Percebi que era grande o número de internautas interessados em conhecer essas histórias

Sou jornalista, com 36 anos de experiência nesta área de comunicação

No Tik Tok publico vídeos nos locais onde vou descrever as curiosidades

Luís Alberto Alves/Hourpress

Este blog nasceu da coluna Raio X de Sampa que durante muito tempo escrevi no blogue Hourpress. A proposta é contar a história que se esconde por de trás de cada rua, avenida, praça e largo existentes na cidade de São Paulo.

Quais são os personagens? Ocupavam cargos públicos? Qual a importância delas na época em   que ainda não tinha se tornando nome desses locais, visto que é proibido por Lei denominar qualquer espaço público, com nomes de pessoas que estejam vivas.

Percebi que era grande o número de internautas interessados em conhecer essas histórias, que na maioria das vezes é ignorada pela população. Mas alerto que você irá se surpreender com as informações que sempre colocarei nos textos que passo a publicar a partir de hoje.

Sou jornalista, com 36 anos de experiência nesta área de comunicação. Quando estava como editor-chefe no jornal Metrô News (2008/2010), que durante mais de 40 anos foi distribuído em todas as estações do Metrô de SP, escrevia uma coluna destacando a história dos personagens que batizam ruas, avenidas, praças ou largos na capital paulista.

 Senador

No Tik Tok publico vídeos nos locais onde vou descrever as curiosidades que a placa não revela. Por exemplo: você sabia que a Rua Dona Veridiana, no bairro de Santa Cecília, Centro, é homenagem à primeira mulher, na época do Brasil Império, que teve um telefone no Brasil?

Você sabia que a primeira via pública asfaltada em São Paulo foi a Avenida Paulista, em 1913? Você sabia que o Brigadeiro Luís Antônio era o avô da Angélica, que também é nome de uma famosa avenida na cidade e que ela se casou com o filho do senador Vergueiro (que também é nome de rua em Sampa)?

O material é tão farto que em breve irei publicar um livro a respeito deste assunto para mostrar a você internauta, que a nossa cidade reserva muitas boas surpresas com pessoas que fizeram a diferença na época em que estiveram por aqui contribuindo para o progresso deste País. Leia e divulgue. Acesse o meu material no Tik Tok e repasse esse material.

#Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Raio X  de Sampa.

No link abaixo você terá acesso a um dos vídeos que fiz na Avenida Paulista

https://www.tiktok.com/@cajujornalista/video/7276114965210156293